Umas das maiores experiências que
um acadêmico de artes visuais pode vivenciar dentro do curso é a possibilidade
de visitar um dos maiores espaços de exposição de arte moderna a nível mundial
que é a bienal de São Paulo.
Em 10 de outubro de 2012 tive
essa oportunidade de conhecer esse circuito da arte que foge de tudo que eu ate
então conhecia que era ponte rio grande- porto alegre. A experiência da viagem
longa supera a expectativa do que iria encontrar na maior cidade da America
latina que é a grande São Paulo. A viagem de 24 horas estreita ainda mais os
laços de companheirismo com os colegas e nos da à possibilidade de conhecer
melhor os que não temos a chance de para e trocar uma ideia.
Ao chegar à grande cidade tudo
parecia surreal ou apenas mais uma cena de novela, mas não, era o real que
começava a tomar conta de mim, o corre corre, e a agitação da louca cidade já
era nítido na cara de cada um dentro do ônibus, e dentro de mim mesmo, que já
pulsava ao som das buzinas dos grandes engarrafamentos que a essa altura já
eram o Maximo.
Choca ao ver uma enorme cidade
repleta de mendigos pela rua, mas curiosamente nenhum cachorro nas calçadas, as
ruas são largas os tuneis alucinadores.
A arte que iríamos presenciar já
se anunciava ali mesmo diante de nos, era essa arte que prende os olhos e aguça
as sensações.
O cheiro forte da cidade é
enalsiante ( não sei se essa palavra existe) mas é a que posso descrever.
Estação da Luz e Binacoteca uma poesia no tempo presa no espaço. A musica da
hora era sirenes das viaturas que loucamente corriam de um lado para o outro. A
arte pertence a quem pertence a ela e assim partimos nos a nos aventurar nas
grandes ruas desconhecidas. Cheiro forte, prédios pixados e uma estética
peculiar no ar.
Quem diz que 25 de Março não é uma
galeria? Sim e uma galeria a céu aberto. Arte e rearte a todo instante, tons e
contraste se via na pele e no rosto a toda parte. Bocas, olhos, narizes e formas retratam uma São Paulo plural
pluricultural.
Vias e relances no levam ao
Ibirapuera, "A iminência das poéticas" nos convida a compreender a
eminência entre a obra de arte e artistas diferentes em uma plataforma de
encontro. Alguns artistas a nossa espera, Bernardo Ortiz, Charlotte Posenenske
e os brasileiros Sofia Borges, Eduardo Berliner, Lucia Laguna e Marcelo
Coutinho.
Gostos, sabores e sensações se
interlaçavam, virando uma bela oferenda oferecida pelo MAM. A oferenda aos
orixás ou para a arte de Adriana varejão? Que nos dilacerava e nos apresentava
suas vísceras. São Paulo se despede em forma de Olho e Som, as lembranças já
estão gravadas nas fotografias e o poema no papel. A grande cidade se torna
lembrança, a experiência singular e a
volta mais 24 horas.
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