segunda-feira, 25 de março de 2013
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Ano de 2009, o ano que mudou e
marcou a vida de 50 pessoas que ingressaram no curso de artes visuais. No
inicio do ano letivo éramos aproximadamente 50 acadêmicos, que chegávamos
timidamente para uma nova etapa em suas vidas. Alguns com muitos planos na mochila,
outros apenas porque se inscreveram em um curso com baixo numero de candidato
por vagas, mas todos com sonhos a serem alcançados.
No decorrer dos tempos grande
parte da turma foi desistindo, 50, 40, 30 e assim ia aumentando o numero de
evasão do curso, mas os poucos que resistiram eram porque tinham metas e sonhos
a conquistar.
A turma nunca foi unida, grandes
discutições aconteceram, grupos se formaram, outros se desfizeram e novos se montaram,
os grupos sempre se reciclando, mais algumas evasões e chega o ano da divisão.
Alguns queriam bacharel querem ser artista ou mesmo crítico de arte outro
querem professorar e vivenciar a experiência da sala de aula. Hoje sonos a
turma de licenciatura, somos poucos, não tão unidos, mas tolerantes a nós mesmo.
Acredito que nem todos pensavam em um dia se tornar professores, mas o destino
nos levou a professorar. Hoje estamos na reta final de um percurso de quatro
anos, agora cada um de nos percorrerá o seu caminho e colocar em pratica tudo
aquilo que aprendemos neste período. Este texto não é o último a ser postado no
blog, pois o mesmo é uma forma de retro me retroalimentar nem muito mesmo o
texto terá um ponto final mais a cada dia escrevemos mais um pedacinho de nossa
histórica, por isso termino apenas com ...
Escola de ontem e a de hoje
Hoje ao escrever umas dar partes finais do portfólio, que
era descrever a escola em que estudei com a escola de hoje, palavras me foram
falhas. Acredito que traçar um paralelo de uma escola em tempo e espaços distintos
é um tanto quanto óbvias as gritantes diferenças que iremos encontrar entre
essas duas escolas. Acredito que tivemos muitas melhorias no ensino, e nas
estruturas escolares, mas uma imagem permeou me pensamento e que retrata toda e
qualquer palavras que viria a descrever neste relato de analise das escolas.
As visitas que não aconteceram
O estagio supervisionado iniciou no ano de 2012, mas devido à
greve dos professores acadêmicos, este processo de inserção no ambiente
educativo teve que ser interrompido, alis nem iniciou. Compreendo que a luta
pelos direitos trabalhista são necessárias para que tenhamos melhores salários e
condições de trabalhos, mas em certo momento me senti prejudicado por estar
impossibilitado de observar a as turmas nas escolas parceiras do estagio de
artes visuais.
Após um longo período de greve, o retorno às aulas e a
empolgação não eram mais a mesma, as coisas começavam a caminhar com certo
desengonçar, e passo a passo íamos tentando voltar à velha rotina acadêmica.
A inserção na escola agora era preciso e era necessário
recuperar o tempo perdido. Uma das primeiras escolas a ser observada era a
escola CAIC, no qual a mesma esta inserida dentro do ambiente acadêmico. Em nossa
primeira tentativa a visitação não mediada pela professora de estagio foi um
pouco frustrante, já que não nos comunicaram que naquele período não teria aula
e ficamos la sem saber o que fazer a não ser retornar para a casa. Neste dia em
que não nos comunicaram que não haveria aula grande parte dos colegas estavam
presentes, mas outro episódio muito mais delicado aconteceu comigo e outras
colegas que fomos na tentativa de consolidar nossa inserção na escola. Chegando
la fomos recebidos com salta de educação e sem nenhuma tipo de acolhimento por
parte das funcionarias que ali estavam presente, após uma das secretarias ter
fechado o vidro em nosso rosto, conseguimos falar sobre o que se tratava a
nossa visita a escola e descobrimos que a responsável pelos estágios na escola
não estava presente. Saimos de la com uma grande frustração e com um pouco de
receio de executar nosso estagio naquele local que deveria dar exemplo de
educação e respeito. Após esse episodio, nenhuma tentativa de inserção na
escola ocorreu, já que estávamos um pouco sentidos devido ao mau tratamento que
recebemos das funcionarias da escola.
"A iminência das poéticas"
Umas das maiores experiências que
um acadêmico de artes visuais pode vivenciar dentro do curso é a possibilidade
de visitar um dos maiores espaços de exposição de arte moderna a nível mundial
que é a bienal de São Paulo.
Em 10 de outubro de 2012 tive
essa oportunidade de conhecer esse circuito da arte que foge de tudo que eu ate
então conhecia que era ponte rio grande- porto alegre. A experiência da viagem
longa supera a expectativa do que iria encontrar na maior cidade da America
latina que é a grande São Paulo. A viagem de 24 horas estreita ainda mais os
laços de companheirismo com os colegas e nos da à possibilidade de conhecer
melhor os que não temos a chance de para e trocar uma ideia.
Ao chegar à grande cidade tudo
parecia surreal ou apenas mais uma cena de novela, mas não, era o real que
começava a tomar conta de mim, o corre corre, e a agitação da louca cidade já
era nítido na cara de cada um dentro do ônibus, e dentro de mim mesmo, que já
pulsava ao som das buzinas dos grandes engarrafamentos que a essa altura já
eram o Maximo.
Choca ao ver uma enorme cidade
repleta de mendigos pela rua, mas curiosamente nenhum cachorro nas calçadas, as
ruas são largas os tuneis alucinadores.
A arte que iríamos presenciar já
se anunciava ali mesmo diante de nos, era essa arte que prende os olhos e aguça
as sensações.
O cheiro forte da cidade é
enalsiante ( não sei se essa palavra existe) mas é a que posso descrever.
Estação da Luz e Binacoteca uma poesia no tempo presa no espaço. A musica da
hora era sirenes das viaturas que loucamente corriam de um lado para o outro. A
arte pertence a quem pertence a ela e assim partimos nos a nos aventurar nas
grandes ruas desconhecidas. Cheiro forte, prédios pixados e uma estética
peculiar no ar.
Quem diz que 25 de Março não é uma
galeria? Sim e uma galeria a céu aberto. Arte e rearte a todo instante, tons e
contraste se via na pele e no rosto a toda parte. Bocas, olhos, narizes e formas retratam uma São Paulo plural
pluricultural.
Vias e relances no levam ao
Ibirapuera, "A iminência das poéticas" nos convida a compreender a
eminência entre a obra de arte e artistas diferentes em uma plataforma de
encontro. Alguns artistas a nossa espera, Bernardo Ortiz, Charlotte Posenenske
e os brasileiros Sofia Borges, Eduardo Berliner, Lucia Laguna e Marcelo
Coutinho.
Gostos, sabores e sensações se
interlaçavam, virando uma bela oferenda oferecida pelo MAM. A oferenda aos
orixás ou para a arte de Adriana varejão? Que nos dilacerava e nos apresentava
suas vísceras. São Paulo se despede em forma de Olho e Som, as lembranças já
estão gravadas nas fotografias e o poema no papel. A grande cidade se torna
lembrança, a experiência singular e a
volta mais 24 horas.
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